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Palavras de Cura

E, um dia, eu explodi.  Todo o rancor, entalado em minha garganta, foi expelido de forma brusca, deixando uma mancha em mim, mostrando à tona o meu pior lado. Eu havia segurado por tanto a minha raiva, que uma coisinha de nada empurrou-me ladeira abaixo para o abismo da culpa.  Minha frustração reprimida machucou a minha mãe, enquanto de minha boca jorravam palavras venenosas. Minha mãe havia dito algo errado, não lembro-me o que foi, e fui rude com ela, grossa, estúpida. E são pequenas tolices que fazem nosso temperamento explodir. O tempo passou, mas não curou a ferida outrora aberta por minhas palavras malditas, e eu sequer conseguia entender a mim mesma e não sabia a razão em estar constantemente de mau humor, chateada e enraivecida.  Eu havia permitido que as minhas sentenças se tornassem afiados punhais. Machucando a mim e as pessoas ao meu redor. Depois daquela terrível experiência, passei a policiar-me mais, e notei que precisava urgentemente buscar por palavras de cura. Nec

Filme: Sapatinho Vermelho e os Sete Anões

👸🏻🍎 Nome original: Red Shoes and the Seven Dwarfs Ano: 2019 Duração: 1h33m Direção:    Sung-ho Hong Sinopse:  Nesta releitura do famoso conto da Branca de Neve, o beijo da princesa de sapatos vermelhos é a única cura para os sete anões que, na verdade, são sete príncipes arrogantes. A disputa pelo beijo da princesa fará com que eles mudem suas visões de mundo e entendam o verdadeiro significado da beleza. 👸🏻🍎 Sapatinho Vermelho e os Sete Anões é uma animação sul-coreana , que envolveu-se em uma desnecessária polêmica, que acabou por manchar um pouco a imagem do filme, que sequer ainda havia sido lançado. Isso mais por conta das pessoas histéricas, internet afora. Tudo começou em 2017, quando surgiu um trailer na internet de uma garota sensualizando a forma em como tirava o vestido, e haviam sete pequenos stalkers olhando-na, quase entrando em uma visível e desconfortante excitação somente por estarem vendo-a despir-se daquela forma. Assustador, eu sei. Então, assim que a garot

"A Era do Gelo" (2002) era bem melhor do que eu imaginava

  Nome original:  Ice Age Ano:  2002 Duração:  1h43m Direção:  Chris Wedge Recentemente, decidi assistir novamente a um dos clássicos da minha infância, A Era do Gelo. Recordo-me muito bem que a minha professora da sétima série detestava esse filme, e eu não via nenhuma razão para tal ódio. E continuo sem ver tais razões, mesmo abandonando os óculos da nostalgia. Enfim, depois de rever esse clássico (carambolas, esse filme já tem 18 anos, ainda não consigo acreditar nisso!), pude perceber que ele é uma joia subestimada. Quiçá, pelas sequências um tanto fracas, com personagens maçantes, humor grosseiro,  t oilet humour , por vezes irritante e depreciativo, que acabaram por degastar a imagem do original, drenando todo o carisma inicial que ali havia. Regressando ao ponto de outrora, A Era do Gelo é bem mais do que um filme sobre um mamute, uma preguiça e um tigre (com intenções dúbias) que planejam devolver um bebê humano para a sua família (no filme, a todo momento, o grupos de humanos

Livro: Pollyanna

  🌹 Autora: Eleanor H. Porter Páginas: 184 páginas (versão capa dura) Editora: Pé da Letra  Ano: 1913 Sinopse:  A pequena cidade de Beldingsville, no interior dos Estados Unidos, nunca mais seria a mesma depois da chegada de Pollyanna, uma garotinha órfã de 11 anos que ficou aos cuidados da tia rica, a irritadiça e intransigente senhora Polly Harrington. Com sua extraordinária visão do mundo, a encantadora menina conquista os habitantes da cidadezinha e ensina a todos o seu incrível "jogo do contente", um jogo de transformar vidas e modificar destinos. 🌼 Uma pena eu ter comprado Pollyanna somente após ter feito a Tag dos Livros Opostos , pois certamente eu teria colocado essa capa fantástica em um dos tópicos. Definitivamente, entraria no tópico de capas mais bonitas, mas esta só sou eu, em meu imenso hype , dizendo tais coisas. E, sim, eu sei o que deve estar pensando. A novela infantil do SBT foi baseada nos livros. Eu não tive a oportunidade de vê-la, então não pos

Querido Deus

Querido Deus, Há quanto tempo não falo convosco. Sinto-me mal por ficar tanto tempo longe de Teu afago, de Tua bonança, do Teu amor. Ainda há chances de uma pecadora, como eu, ser conduzida por Tua infinita misericórdia?  Tu bem sabe, Pai Querido, das minhas angústias e aflições. Permita-me e ensina-me a transformar minha dor em força e a minha tristeza em alegria.  Sou falha, Pai Amado. Sou de carne e osso. Sou fraca. Patética. Em meu coração de pedra, reina a eterna discórdia. Dá-me um coração de carne, para que eu aprenda a amar e ter compaixão do meu próximo outra vez. Deus querido, alivia as minhas dores. Bem Tu sabes, Senhor. Almejo tanto para que o meu pesado fardo, fosse tirado de meus costas. Todavia, minha cruz jamais será tão pesada quanto a tua. Morrestes por nós, sem nada pedires em troca.  Oh, Deus santo, são tantos aqueles que me querem o mal, e até aqueles que desejam-me o bem, fazem de maneira falsa e leviana. Não peço que os castigue. Mas suplico para que mostre a e

Conto: Nossas Escolhas

Nota inicial:  Nossas Escolhas foi uma WebSérie  (ou deveria ter sido) que escrevi em meados de 2014. Naquela época, eu não sabia muito bem o que eu queria escrever e acabei por atrapalhar-me. Entreguei uma série à toa , e aos poucos, eu mesma ficava desmotivada. Aqui, eu explico bem mais sobre ela . Continuando; foi um projeto da qual tive momentos de diversão, encontrei leitoras maravilhosas e fiéis, e houve outros momentos de puro enfado, e cada vez mais, a mensagem principal ia perecendo. Trago-o, agora, seis anos depois, em forma de conto, sem ganchos para possíveis outros capítulos. Salvo aqui, somente os nomes dos protagonistas. O resto, todo ele, foi modificado. Espero que compreendam o que eu fiz. Ao final, deixem vossos comentários. Irei adorar lê-los.  4638 palavras. 🌸🌿 🌸 E la ia morrer. E eu não estava com cabeça para aquilo. O hospital havia tornado-se o meu lar. As paredes brancas oprimindo minha visão. A cadeira de plástico, transformou-se em meu leito. O bip da má