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Li, reli e não gostei – Top 10 de piores livros





E lá vou criar polêmicas. Fazer o quê? Não consigo evitar. E devo logo salientá-las antes de que proíbam-me de falar. Do jeito que as coisas andam atualmente, com pessoas proibidas de expressarem uma opinião diferente... vai saber. A seguir, alguns livros que li e que detestei de todo coração e com toda a certeza, não os leria novamente. 

Roteiros mal feitos, tramas preguiçosas, péssima escrita, romantização de abusos, personagens com personalidades de uma lata de tinta bege e autoras forçando suas ideologias goela abaixo. Um fiasco só.

Você tem total liberdade para gostar dos livros que citarei, assim como eu tenho total liberdade para desprezá-los, porque afinal, é somente a minha opinião. Nesta postagem não haverá nenhum comentário bondoso para afagar o ego de ninguém. Quem conhece-me sabe como funciona a minha escrita. Quase um mês elaborando esta lista maldita. Espero que tenha valido a pena desperdiçar meu tempo e sanidade em tantas gotas de rage. ☕😡

E começamos com as decepções. Tiraremos a primeira pedra do caminho. Sem ordem de preferência, ou do menos pior para o pior, porque todos os que estão listados, em MINHA única e exclusiva OPINIÃO, são considerados ruins por mim.

Abrindo o mês com polêmicas... E lá vamos nós. 🧹🧙🏻‍♀️


10 - Antes que ele mate - Blake Pierce

Oh, boy. Que livro irritantemente presunçoso! Talvez, o que eu mais tenha tido desprazer em ler em minha curta vida. Acompanhamos a trama de um assassinato de uma striper que aconteceu em um milharal (qualquer semelhança com Jeepers Creepers é apenas coincidência... ou será que não?). Okay, até aqui estava bem interessante com aquele clima de suspense no ar... Isso até chegar ao maldito momento em que a autora decidiu jogar o véu da vitimização na sua protagonista. Literalmente, a moçoila era mais esperta, mais ágil, mais, mais, mais, porém, os velhotes machistas opressores não conseguiam ver seu potencial. 

Oh, não! O horror, a tragédia. Os machistas.

 O livro inteiro a autora tenta nos mostrar o quão oprimida é a protagonista e esquece-se completamente do mistério proposto pela trama. E o pior, é que o único preconceito que vi em todo o enredo foi apenas o fato dela ser jovem demais, e não porque ela possuía uma vagina entre as pernas.

 A autora transformou os homens da trama em um bando de idiotas retrógrados, enquanto as mulheres eram santas, perfeitas e inteligentes. Uma manobra falha e fraca para promover as suas ideologias desastrosas. Foi uma tortura ter de acompanhar a história da dita detetive e é ainda mais torturante saber que trata-se de uma saga. Deus nos acuda!

 Imagine se Agatha Christie, com todo o seu intelecto e sabedoria, colocasse sua talentosa e obstinada detetive Miss Marple em um pedestal de lacração? Aja estômago para as obras vindouras que seguirão a mesma agenda do "copia e cola, buá, buá, sou oprimida". Quero ler um livro, desfrutar de uma obra que me retire desta realidade deprimente, e não ler uma droga de cartilha progressista.


Próximo!


9 - O Pássaro - Samantha Holtz

Livro de autora brasileira. Atiçou minha curiosidade pois vi que muitos estavam falando bem. Hmmm... Falaram bem de Despedaçados e olha no que deu.

Vi a capa deste livro. Achei um pouco agradável apesar da vestimenta da modelo da capa em nada representar a época apresentada no livro. A história se passa nas eras medievais, mas, o vestido mostrado parece o de uma debutante de quinze anos. Até aqui, tudo bem. Eu perdoo pois sei como funciona a relação e na falha de comunicação entre editoras e capistas, mas ainda assim, poderia usar vetores na capa que garanto que se sairia muito melhor.

Porém, conforme eu fui lendo e quanto mais aprofundei-me na história, percebi que a autora teve pouco ou nenhum zelo em coletar informações para repassá-las em sua história.

 A postura dos personagens, seus diálogos ditos da maneira mais informal possível, muitas brechas e pouco detalhamento de cenário empobreceram e muito a trama. E assim como o livro acima citado, em O Pássaro a autora também tenta empurrar-nos uma protagonista "forte" e... argh, não acredito que vou ter de dizer essa palavra... "empoderada", nunca mostrando suas ações que compensem tais características, pois basta apenas colocá-la falando de forma rude e mantendo o nariz empinado, para que outras leitoras achem este arquétipo uma completa maravilha. 

Caroline não passa força, determinação e nenhuma das qualidades descritas. Seu único atributo está atrelado ao seu pai, que, surpresa surpresa, é um machista opressor. 😱 O romance é bem bobo, nível novela das seis, e a trama em si carece de um enredo — e uma protagonista — melhor.

E vamos ser sincera? Esse negócio de "personalidade forte" nada mais é que uma desculpa porca para que a protagonista haja igual a uma vaca arrogante. Quando eu vejo na sinopse do livro que Sicrana e Beltana tem a dita "personalidade forte", não faço nem questão em ler.

Um livro que não faz jus às Ficções Históricas. Decepcionante.




8 - A Rosa entre Espinhos - Josiane Veiga

Mais uma brasileira no tópico. Um dos livros mais decepcionantes que já li, um dos que mais me revoltou e um dos que nunca mais leria outra vez, mesmo se a minha vida dependesse disso. A Rosa Entre Espinhos tem uma trama presunçosa, protagonistas com -1 de QI, e uma trama que subverte tudo aquilo que poderia ser prazeroso. 

Vou resumir a trama, pois não quero que passe o mesmo que eu.

Prende-se a um fiapo de trama, conduzindo-nos a um mistério que não vai nem para a frente e nem para trás, uma mocinha pobre e iludida que se apaixona pelo seu patrão rico e viúvo, e no momento, é um dos suspeitos do assassinato da esposa. O homem é completamente possessivo e enciumado, e quando fica cego pelas dúvidas de que sua nova eleita possa estar o traindo, comete o ato mais monstruoso de todos: ele a estupra! Uma cena repugnante, longa e completa e totalmente desnecessária.

 Quebrada, a mocinha é obrigada a abandonar a casa, e viver uma vida miserável como mendiga, até que o melhor amigo do homem que a violou, a ajuda. Todavia, meus caros, jogarei um balde de água fria em vocês, pois esta songamonga não fica com o nobre rapaz no fim da história, mas sim, com o seu estuprador! E por quê? Porque ela estava grávida dele. E depois que ele volta atrás e a aceita, ela simplesmente esquece do ele fez consigo, tratando-o bem como se fosse uma esposinha dedicada e obediente para o homem que outrora destruiu a sua vida. Oh, que conveniente.

E sobre o misterioso assassinato da primeira esposa do protagonista? Não sei e não importa. Estava tão revoltada que desisti quase no final da história e não retornarei para saber quem matou quem. No livro não há castigo, redenção ou sequer uma explicação aceitável para eventualidades tão abomináveis. Como eu disse dantes, é um fiapo de trama que tem como pano de fundo um estupro, uma gravidez, e um "mistério" que envergonharia qualquer Sherlock Holmes. Logo descobri que metade dos livros da autora seguem a mesma vertente de ideias (homem grosseiro - estupro - casamento forçado - heroína sonsa) e acabei desistindo de ler o restante de suas "obras".



Obrigada por nada. Next!



7 - Máquinas Mortais - Philip Reeve

Alguém deve ter lido todas as YA distópicas possíveis e assistido a fabulosa animação nipônica "O Castelo Animado", e achou uma boa ideia unir esses dois elementos em um livro. Não deu certo. 

Máquinas Mortais se prende a diversos clichês (futuro distópico, "protagonista independente", vilão que tem alguma relação com a protagonista, uma trama soberba), e não consegue desenvolver nenhum deles bem. É como a Síndrome do Pato. E o que seria isto? Bem, o pato almeja fazer 3 coisas ao mesmo tempo — andar, voar e nadar —, mas as executa pessimamente pois anda mal, voa mal e nada mal. O enredo é confuso, os protagonistas são deslocados, o vilão é lamentável, e a única coisa que se salva é o conceito de cidades móveis gigantes que engolem cidades pequenas. Uma metáfora até que interessante, se não pertencesse a esse livro, claro.

O que é uma grande lástima pois de todos os livros desta lista, foi o que menos me irritou, mesmo com as babaquices de Tom e a sua chatice eminente. Tinha tanto potencial, porém o autor não quis se arriscar. Ele até tentou, construindo uma protagonista que possui uma deformação no rosto, mas parou por aqui mesmo. Preferiu deixar tudo como "mais do mesmo" para agradar a gregos e troianos.

E nem vou referir-me àquela abominação cinematográfica homônima. Quanto mais eu fingir que aquilo nunca existiu, melhor será.

Não foi o pior livro que li, mas com certeza foi o mais desperdiçado. Uma pena.



6 - Tudo e Todas As Coisas - Nicola Yoon

Esse livro não somente irritou-me como ofendeu o meu intelecto. E para falar sobre o porquê precisarei dizer um monte de spoilers. Se não quiser saber sobre ele, pule para o próximo tópico.

Acompanhamos a história de Mads, uma adolescente que nunca saiu de casa por causa de uma doença. Ela é super protegida por sua mãe, e a sua única amiga é a enfermeira que cuida dela desde bebê. Guarde bem esse detalhe porque é muito importante.

Os capítulos do livro são confusamente curtos, e ao invés da autora focar-se na trama principal, prefere fazer referência à outras obras literárias, como O Pequeno Príncipe e Orgulho e Preconceito. Juro que se ela inventasse de fazer referência à cultura pop, eu pediria meu reembolso, porque eu odeio quando o protagonista abre a boca para se referenciar à obras do passado, sem que tal referência tenha qualquer ligação com a obra em si. Isto é tudo de mais preguiçoso e porco que se encontra em livros, filmes e séries. Ah, e Mads não gosta do Senhor das Moscas. Só por este ponto, tive total antipatia por essa garota. Ela não só odeia o livro, como não perde a oportunidade de falar mal da obra. Claro, até porque Tudo e Todas As Coisas é uma baita de uma obra-prima, não?!

Mads vigia a vida de seus novos vizinhos, porque é a única coisa que ela tem para fazer, e conhece o Olly, o garoto misterioso/gentil/amigo/com uma vida de merda. Está mais do que óbvio que ambos se apaixonam, mas não podem ficar juntos porque Mads pode morrer a qualquer momento. Pensei comigo: "será se esse livro vai tomar um rumo igual ao de A Culpa É Das Estrelas?". Antes fosse, meus caros. Antes fosse. A autora bebeu da fonte de M. Night Shyamalan e criou um plot twist completamente infame. 

Após alguns atos de rebeldia de Mads contra a sua mãe, que ela até então idolatrava, a protagonista descobre que nunca esteve doente! Nunca sofreu de doença alguma! Todos os remédios, injeções e o isolamento eram inconveniências criadas por sua mãe, que após perder o marido e o filho pequeno em um acidente, trancou sua filha ainda bebê em uma "bolha" — literal e figurada — pois queria protegê-la do mundo com medo de perdê-la. Foram 18 anos da mãe dela falsificando prontuários, enganando médicos e empurrando todo o tipo de remédio na filha, e ninguém nunca desconfiou disso? Lembra da enfermeira que cuidou dela desde bebê? Como esta anta nunca percebeu que não havia nada de errado com sua paciente? Em que raios de Universidade ela se formou? Fez cursinho online e imprimiu o diploma?!

Sim, gente, esse livro me revoltou MUITO. É como se a Sra. Nicole Yoon sequer tivesse dado ao luxo em pesquisar sobre doenças e transtornos. É difícil de engolir que uma enfermeira cuidou de uma criança por DEZOITO ANOS, e nunca percebeu nada de errado, e quando a Mads questiona ela sobre isso, a enfermeira só responde: "ah, a sua mãe é muito esperta". Tenha paciência, Senhor!

Fora a parte da mãe, que claramente sofre da Síndrome de Munchausen por procuração, um transtorno sério e grave, mas é simplesmente tratada como uma simples louca. Até explicam sobre as consequências de Mads viver tanto tempo isolada, pois seu sistema imunológico é igual ao de um bebê de seis meses, e que até uma gripe a derrubaria... para duas páginas depois Mads está completamente sarada, beijando na boca e vivendo ao lado de Olly, lendo livros mofados.

Claro que tudo acaba bem, com direito a unicórnios e jujubas, exceto para mim, que ainda estou com o intelecto ofendido.

Existe uma adaptação cinematográfica, mas não vi e nem verei. Se o material base por si só é ruim, quem dirá o material adaptado? Um livro infame que não respeita o leitor, não respeita os transtornos mentais da mãe da protagonista e que nos trata como idiotas a todo momento. Passem longe. 




5 - Eleanor e Park - Rainbow Rowell

Chato. Apenas isso. Sentia que perdia meu precioso tempo em cada parágrafo lido. E que livro mal escrito, minha nossa senhora da bicicletinha. Não sei se o erro foi do tradutor português ou se a autora possui dificuldade em escrever palavras difíceis em seu livro. A quantidade de expressões simplistas e repetidas é um absurdo de tão ridícula.

E assim como Tudo e Todas As Coisas, esse livro tem a pachorra de fazer referências à outras obras. Porque, claro, é um YA e tenho certeza que todo adolescente deve adorar receber uma referência de uma coisa que ele sequer conhece. O enredo beira o ridículo e o romance adolescente não convence em nenhum momento. 

O livro é sobre a história de uma garota ruiva e um garoto asiático que se apaixonam. E só! Eu poderia acabar o tópico bem aqui e passar para o próximo. Ah, e Eleanor é gorda. Não se preocupe. Ela lhe lembrará deste detalhe pelas próximas trocentas páginas.

😒

Sinto como a autora tivesse digitado no Google "nomes coreanos mais populares" e nomeou seu personagem com o primeiro nome que viu. Eleanor não convence como protagonista, a autora coloca-a quase em um pedestal de "mártir" do tanto de aperreio que ela passa. Oh, nossa, como ela sofre. Tadinha. Isso não é motivo para ela tratar as outras pessoas como lixo.

Park é um personagem aquém. Ele é um rapaz gentil, o que contrasta com as grosserias de Eleanor, porque na cabeça dessas autoras, fazer personagens truculentos e arrogantes é o mesmo que ser "forte". Ui! Minha principal reclamação é justamente contra Eleanor. Ela destrói o livro completamente. Personagem aborrecida, chata, esnobe, além de preconceituosa, pois nos pensamentos dela, constantemente zomba do sotaque da mãe de Park, que é asiática. Se ele pudesse ler mentes, não namoraria uma troglodita destas.

Cada vez que ela abre a boca para falar besteira, uma fada morre. A presença dela é desnecessária e Park merecia coisa melhor. Você acha que ela muda durante o decorrer da história? Claro que não. Ela continua a mesma preconceituosa, chata e irritante. Ah, e Eleanor detesta os X-Men porque os acha sexistas. Como sentir empatia por adolescente que fala uma asneira dessa?

Ademais, o final é muito decepcionante. Mas, por lado, foi um final feliz. Imagine Park ter que ficar preso com uma criatura chata como Eleanor? Foi um livramento. Amém.


4 - Cante Para Eu Dormir - Angela Morrison 

Adolescente doentes e com tesão. Esse é o resumo do livro. Uma verdadeira ofensa para quem sofre da mesma condição do protagonista. É aqui que a minha energia acaba, pessoal, e o meu calvário começa;
 Achei esse livro chato, gente. Se houvesse outra palavra além desta para me expressar, eu diria.
Não vale a pena lê-lo, recomendá-lo e nem falar sobre ele. Foram 353 páginas e pareceu que li 1000 de tão arrastado que foi, e no fim do dia, fiquei com raiva de mim mesma por perder meu tempo lendo algo tão ruim. E perder tempo é uma coisa que eu odeio! 

Um livro que tenta abordar temas sobre bullyings, doenças e amadurecimento, mas falha miseravelmente em todos os aspectos. Acredito que Cante Para eu Dormir tenha me irritado muito mais que Tudo e Todas As Coisas, porque ao menos aquele livro lá não teve a pretensão em ser um livro que fala sobre música, poesia e essas balelas açucaradas. Enquanto este, é presunçoso ao cubo. Tenta parecer sério, criando um triângulo amoroso forçado, e só consegue um resultado que beira o risível.

Um verdadeiro chute no esôfago. Livro pedante, arrastado, com um fiapo de trama que não convence a ninguém. Diz basear-se na vida real de um rapaz que sofria da mesma doença do protagonista, mas que é tratado com total desrespeito. Cante Para Eu Dormir funciona como um bom sonífero porque realmente me deu vontade de dormir.

Não gostei.
Não recomendo.
Não me impressionou.




3 - Anjo de Fogo - Tanya Anne Crosby 

Aquele livro que citei na Tag dos Livros Opostos. Sim, aquele mesmo em que a protagonista se disfarça de homem no pior estilo "Mulan com desconto". Acredito que falar sobre ele é como chutar cachorro morto, mas como a minha raiva por esta coisa não passou e não passará, acho que posso criticá-lo mais um pouco. Em verdade, replicarei o que disse no passado, pois não quero prolongar-me com esta coisa.

Sabe um livro em que a protagonista se autoproclama como forte, independente, corajosa e inteligente? Pois é. Não é a protagonista de Anjo de Fogo! O título dá a entender que o livro é sobre uma pessoa destemida, selvagem, com um fogo indomável atiçado em seu coração... Contudo, é puro click-bait.
 A todo momento, peguei-me chateada com a personagem da Chrestien, pois ela faz o esteriótipo de tudo o que eu mais odeio. A protagonista falsamente forte que no fim se apaixona pelo seu par com comportamento abusivo, um tal de Lobo Prateado, que céus, que personagem tenebroso! A coisa mais ridícula do livro é que Chrestien corta os cabelos e se disfarça de homem, para proteger o segredo que seu pai guardava sobre possuir filhas gêmeas, e que no fim, acaba sendo apenas uma subtrama bem desperdiçada e forçada. Sério! O segredo em Chrestien ser uma mulher ao invés de um homem não dura seis capítulos. (sim, eu tive de reler tudo outra vez, e conferi: o "segredo" não dura nem seis míseros capítulos!)

Meloso, arrastado, chato, pedante e maçante, os protagonistas e os personagens secundários não se salvam. Não há um personagem decente ou mesmo memorável. É vilão que vira mocinho, é mocinho que vira vilão, fora as cenas calientes que são de um mau gosto... Blegh! Reviravoltas de enredo tão horríveis quanto as reviravoltas que M. Night Shyamalan coloca em seus filmes (já é a segunda vez que cito este pobre diabo). Por fim, acabei deparando-me que não fui feita para esse tipo de livro, e apesar da capa chamativa, nada mais me atraiu. 

Tão sem graça quanto vestir roupa bege.


                                          

2 - Amor do Pirata - Johanna Lindsey 

Esfregarei minhas mãos pois meu ódio por este livro foi muito maior do que por todos os outros citados. Uma verdadeira ode de tormento e agressão aos meus neurônios. 

Um "livro'' que romantiza o estupro e trata o estuprador como uma espécie de galã, com a desculpa estapafúrdia de ser "comum" para a época. Resumirei a trama. Bettina foi prometida em casamento e viaja de navio ao encontro do seu futuro noivo. Chegando em águas estranhas, o navio de Bettina é atacado por piratas que mantém refém a ela e a tripulação. O capitão do navio pirata, Tristan, a chantageia dizendo-lhe que se eles fizerem "amor" (lê-se estupro), ele soltará a tripulação. O problema é que ele já matou a todos, e Bettina sem saber, permite que o ser inescrupuloso abuse de seu corpo. 

É um livro que causou-me repulsas. Tristan diz que "dará prazer à ela", mas só lhe causa mais e mais dor em cada abuso cometido. Há agressões físicas e verbais, em um momento do livro, Bettina é chicoteada até desfalecer, e desenvolve Síndrome de Estocolmo por Tristan, caindo em um relacionamento abusivo e mais tóxico que a radiação de Chernobyl. E como se não bastasse todas as desgraças vividas pela protagonista, seu futuro noivo sabe de sua violação e tenta violá-la também, e Bettina fica grávida de Tristan e ele recusa a acreditar que a criança seja dele.

Se isso não é um roteiro perfeito para um livro de terror, tirado da mente de um psicopata, eu já não sei mais o que é. A sensação amarga que fica, ferve a minha bile e me faz vomitar.

🤢🤮

 A cada parágrafo lido, sentia um pedaço da minha alma ir embora. Fiquei pasma em quantas escritoras sentem-se inspiradas pela tal Sra. Johanna Lindsey e criam livros escrotos tão ou mais como este. Assim como o A Rosa Entre Espinhos, já citado na lista.

Um livro cheio de perversões, depravações e romantizações de coisas abomináveis. 

Um livro com a profundidade de uma poça de lama. Podre. Repulsivo. Desprezível.

Um livro tão lixo, mas tão lixo, que chamá-lo de lixo é uma ofensa ao lixo. 

Vou tomar um chá para acalmar meus pobres nervos.



Menções (des)honrosas.

Casa de York - Charlotte Byrd
Amanhecer - Stephenie Meyer 
Despedaçados (resenhado aqui no blog)
Fragmentados (também resenhado no blog)
Como Eu Era Antes de Você – Jojo Moyes


E o troféu carniça vai para:


1 - Mister - E. L. James

Sabe aquela frase marcante do filme Ratatouille sobre "qualquer um poder cozinhar"? Discordo completamente dela. Isso é porque chef Gusteau nunca provou a comida da minha irmã. Você pode até saber cozinhar, como colocar o arroz no fogo ou fritar um ovo, mas nunca será uma refeição deslumbrante. E não há nada de errado com isto. É perfeitamente normal não corresponder às expectativas. Se todo mundo fosse expert em alguma coisa, o mundo seria dominado por chatos.

 E saindo do quesito culinário e entrando no literário, também não acredito que todos possam ser escritores. Você pode saber ler e escrever perfeitamente, todavia isso não significa que você tem a capacidade em contar boas histórias.

E isso se aplica totalmente à Sra. E. L. James, que deu uma sorte desgraçada com a horrível trilogia 50 Tons de Cinza, e resolveu arriscar-se mais uma vez.

E ela deveria ter parado somente em 50 Tons de Cinza.

Eu não estava em meu estado normal quando decidi ler esta coisa. Após tantas críticas negativas, eu já deveria ter desistido, mas como eu não guio-me por opiniões alheias, precisei eu mesma ler esta atrocidade, e confirmar com meus próprios olhos o quão desgraçado é este livro. 

É a história clichê do cara que transa com todas, mas se apaixona pela virgem inocente. Ah, mas E. L. James adicionou um elemento a mais. A mocinha é uma jovem refugiada, fugindo de um casamento arranjado (não recordo-me direito e nem me julgue, pois são mais de 400 páginas de puro nada e me recordo de pouca coisa), provando mais uma vez que para pesquisar a cultura alheia, a tal autora fez uma pesquisa bem rápida na Wikipedia para escrever esta abominação.

Se eu dissesse que a trama desse livro é vazia, chata, sem pé e nem cabeça, boçal, jocosa, ridícula, que sinto vontade em jogar ácido nos meus olhos a cada vez que Alessia chama Maxim de "Mister", ainda seria um enorme elogio.


Não há mais nada a acrescentar. Mister arrasta-se nas descrições vergonhosas de sexo, para disfarçar a pobreza de escrita e da trama.


Mister não funciona como drama, romance, soft porn e nem quando tenta passar uma mensagem. Sim, o livro tem a audácia de tentar ser reflexivo. Uma pomba!

Alguém tire o papel e caneta das mãos desta mulher antes que ela nos presenteie com mais uma bomba. Eu sei que nada mudará e que ela continuará ganhando rios de dinheiro enquanto escreve estas porcarias.



Por hoje é só. Minha sanidade quase foi pro saco revendo essas pérolas. Passem longe e bebam água. Quem avisa, amigo é.
Lembrem-se, amorecos: árvores morreram para que esses livros pudessem existir. Quanto desperdício de papel!
Volto um dia.

Se você chegou até o fim, comente aipim.

Xoxo, guys.





Comentários

  1. kkkk agora falando sério esse livro do Tudo e Todas as Coisas é tipo o filme "Jimmy Bolha"... só que piorado. E Jimmy Bolha é filme divertido pra caramba.

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    1. Jimmy Bolha é divertido. É uma ofensa compará-lo com essa bomba.

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    2. Vdd. Um filme bem divertido que não fica forçando a barra como muitos atualmente. Sabia que ele fooi baseado em uma história real?

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    3. Estou sabendo agora. Vou pesquisar mais a respeito.

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  2. Uma verdadeira lição de como destruir livros chinfrins com classe. 👠

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  3. Morta com o gif "Not Impressed" do Superman.

    Beijos da αททy.

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  4. Aipim.

    Menina, tu se torturou com esse monte de livro ruim? Guerreira. 🐱‍👤💖

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  5. Eu colocaria nessa lista o livro "Por Lugares Incríveis". Pense num livrinho com umas ideias erradas...

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  6. Esse tal de Amor do Pirata é tenebroso!! Horrível!! Puro suco de podridão.

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  7. Aí a pessoa me vem com a carteirada do "o importante é ler". Ler esse monte de lixo? Melhor não. Leitura é tipo gastronomia. Vc não vai sair comendo qualquer porcaria pq aí sua saúde pagará o preço... nesse caso dos livros ruins minha sanidade pagará o preço...

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  8. Colocaria os livros da Silvia Day na lista. Pense nuns livrinhos mequetrefes.

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  9. Seu blog é maravilhoso. Estou me divertindo muito com cada postagem.

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