Pular para o conteúdo principal

Livro: Razão e Sensibilidade


Nome original: Sense and Sensibility
Autora: Jane Austen
Páginas: 335 páginas 
Editora: Pé da Letra 
Ano: 1811
Sinopse: Ambientado em cenários idílicos do interior da Inglaterra, a trama apresenta uma família dividida pela morte do patriarca e pela ganância causada pela herança recebida. Elinor e Marianne são filhas do segundo casamento do Senhor Dashwood. Após seu falecimento, sua propriedade passa para o filho mais velho, John Dashwood, fruto do primeiro casamento. Rejeitando o pedido de seu falecido pai, John — incentivado pela esposa Fanny — decide não amparar sua madrasta e suas meias-irmãs, Elinor, Marianne e Margaret. Com a vida completamente alterada, as mulheres Dashwood são obrigadas a abandonar uma vida de conforto por uma casa simples de um familiar em Devonshire. Diante desta mudança, as duas irmãs descobrem o amor e sofrem a cada reviravolta imposta pelo destino e pelos interesses da aristocracia. 

👧🏼👩🏼 🥀


Mais uma resenha, depois de algum tempo sem, sobre a obra de uma de minhas autoras favoritas de todos os tempos: Jane Austen. Também, afirmo que Razão e Sensibilidade se tornou um dos meus livros favoritos de todos os tempos, mesmo eu tendo o deixado tantos meses parado em minha estante. Vergonha de mim mesma.

Razão e Sensibilidade foi o primeiro romance de Jane Austen, publicado em 1811 sob o pseudônimo "By a Lady". Recebendo um reconhecimento extraordinário, sua primeira edição esgotou rapidamente, afinal sua história aborda algo comum à época: o conflito para manter a esperança em face das desilusões da vida. O romance apresenta temas bucólicos envolvendo as irmãs Elinor e Marianne Dashwood, enquanto as duas aprendem a amar e a lidar com a perda e com as expectativas impostas por uma sociedade materialista, um ambiente onde quem não tem fortuna e influência se vê fadado a um destino infeliz. Com a vida completamente alterada, cada uma das irmãs buscam a felicidade ao seu modo: Elinor mais racional e contida; Marianne, mais emotiva e romântica; e, Margaret, que ainda desfruta da inocência da infância.

Conhecemos a história das mulheres Dashwood, que após a morte do patriarca da família, são praticamente despejadas de seu antigo lar, pelo filho do primeiro casamento do Sr. Dashwood, John Dashwood, a mando de sua esposa, Fanny, uma mulher sem coração e sem escrúpulos. 

Sentindo a crescente afeição entre Elinor e Edward, o irmão dela que ela protege a todo custo de mocinhas interesseiras, Fanny intervém para tentar estragar qualquer conexão possível e motivar a realocação das mulheres Dashwood. Felizmente, um primo da Sra. Dashwood, Sir John Middleton, ofereceu-lhes uma casa de campo em Devonshire que seria adequada para eles e eles aceitaram prontamente. As Dashwoods tentam tirar o melhor proveito de seu novo lar e se assimilar na sociedade de Sir John. Não é fácil, pois Sir John e sua sogra, a Sra. Jennings, têm grande prazer em provocar, cutucar e fofocar com seus novos companheiros, tornando cada momento desagradável.

Um membro de seu novo círculo social é o coronel Brandon, que imediatamente gosta de Marianne, de dezessete anos. Embora pareça bastante respeitável e tenha uma riqueza considerável, ele está na casa dos trinta e não é do agrado de Marianne.

Quando Marianne cai e torce o tornozelo durante uma caminhada, ela é resgatada, no sentido mais romântico, por um estranho arrojado; John Willoughby. Willoughby e Marianne começam a passar muito tempo juntos e não é segredo que Marianne está se apaixonando rapidamente. Enquanto a ''razão'' de Elinor a obriga a guardar seus pensamentos e sentimentos para si mesma, mesmo do homem por quem ela tem sentimentos, Marianne está convencida da maior integridade e sinceridade da ''sensibilidade'' e compartilha livremente seus desejos e sentimentos. Marianne fica correspondentemente perturbada além de qualquer ajuda quando ela e Willoughby são separados depois que Willoughby é enviado a Londres por sua tia de quem ele depende financeiramente.

“O dinheiro só pode dar felicidade onde não há mais nada para dar.”

A Sra. Jennings se oferece para ajudar as duas jovens em suas decepções românticas, dando a ambas a oportunidade de acompanhá-la em uma viagem a Londres. Elinor e Marianne viajam para Londres por gentileza da Sra. Jenning, uma viagem que promete aproximá-las de Willoughby, Brandon e da família Ferrars. O que Elinor e Marianne descobrem devidamente é que há muito nas vidas anteriores desses três homens e em seus planos para o futuro que eles desconheciam. Revelações que ameaçam frustrar suas esperanças de amor, em vez de inspirar esperança. 

“Não é o tempo ou a oportunidade que determina a intimidade; - é apenas a disposição. Sete anos seriam insuficientes para algumas pessoas se conhecerem, e sete dias são mais do que suficientes para outras.”



“Às vezes, guardo meus sentimentos para mim mesmo, porque não consigo encontrar uma linguagem para descrevê-los, a não ser o que foi usado e banalizado, sem sentido e significado.”


Tenho um enorme apreço pela adaptação cinematográfica de 1995, encenadas pelas talentosíssimas Emma Thompson e Kate Winslet. O filme era o que eu esperava que fosse; uma adaptação muito típica e única. Fornece todos os elementos essenciais do enredo, dos personagens e do drama, e elimina tudo o que pode ser supérfluo – outros personagens, cenas e eventos que não eram importantes para o andar da trama – dadas as limitações de tempo e foco do meio. Como uma adaptação, foi agradável pelo que era, mas um amante do romance certamente sentiria falta das nuances e sofisticação do original. Como romance, eu gostei bastante.

 É através desta dualidade entre as duas irmãs — uma que é mais séria e centrada e a outra que vive emoções à flor da pele — que o leitor percorre os campos idílicos do interior da Inglaterra e as mansões aristocratas londrinas à procura de um final feliz que só é possível equilibrar a razão com a sensibilidade, um processo intenso e desafiador apresentado com uma riqueza de detalhes por Jane Austen.

Recomendo muito esse livro. Foi um dos primeiros da Jane Austen que comprei e li em uma semana sem pausas, pois estava muito apegada à história. É um livro leve, com um romance que mesmo que não seja arrebatador é bem bonito de acompanhar, além das reviravoltas dramáticas que funcionam muito bem. 


Sobre Jane Austen: nascida em 16 de dezembro de 1775, em Steventon, Hampshire, na Inglaterra, Jane Austen é considerada uma das mais importantes personalidades femininas da literatura mundial. Filha de Cassandra Austen e do reverendo George Austen, foi a segunda mulher dentre sete irmãos. O contato com os livros começou ainda cedo através da biblioteca de seu pai, um leitor voraz. Seu primeiro livro mais bem-acabado (Lady Susan) foi escrito aos dezenove anos. Em 1797, ela finaliza seus dois principais romances, Razão e Sensibilidade (1811) e Orgulho e Preconceito (1813). Ela também publicou Mansfield Park (1814), Emma (1815) e dois livros após a sua morte, Persuasão e Sanditon. A escritora morreu em 1817, porém, até hoje encontra-se vivo o seu legado, com seus ricos textos carregados de ironia ao retratar com profundidade a sociedade e o papel da mulher do século XVIII.





O livro foi comprado por mim. Não é um livro parceria


 


Comentários

  1. elis22:23

    parabens, que DEUS abençoe essa uniao

    via Google+

    ResponderExcluir
  2. Hélio22:24

    Príncipe e princesa de JESUS CRISTO! não desistam nunca de falar e viver A SANTA E MARAVILHOSA PALAVRA DE DEUS! DEUS os abençoe ricamente

    via Google+

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Deixe seu comentário. Adoraria saber a sua opinião. 😍

Postagens mais visitadas deste blog

"Koe no Katachi", uma voz silenciosa que achega ao coração.

"A Menina que Roubava Livros" - resenha 10 anos depois

Livro: Boneca de Ossos

Livro: Pigmalião