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Livrando-me dos parasitas sociais



Não faço a mínima ideia em qual marcador esta postagem se encaixa, só sei que quero escrever, porque sim! É uma postagem de desabafo misturada com tutorial e que vale a pena a sua atenção (I think so!).

Hoje acordei com uma vontade maluca em desapegar-me de todas as redes sociais possíveis! Veja bem, meu caro leitor que ainda insiste em ler este blog maluco, digamos que eu estou farta de toda esta toxicidade maldita que nos cerca. Cansada de pessoas que se acham corajosas por trás de uma maldita tela de computador/celular. Cansada em forjar sorrisos em fotos para ter meu ego afagado por alguns míseros likes. 

Estou cansada, e foi por todo este cansaço mental que hoje acordei decidida a chutar o balde.

Tirei um peso da minhas costas ao livrar-me de uma vez por todas deste parasita social, chamado também de redes sociais.

Para resumir, acordei decidida a deletar de uma vez por todas o Facebook (que estava dando teias de aranha), e o meu Insta (que criei apenas para ver desenhos de alguns artistas que admiro). Por que, de repente, entrei em erupção? Explicarei.

Excluí o Instagram por sempre achar a tal rede social um tanto medíocre e pela falta de segurança. Eu havia a criado para seguir artistas que eu gosto porque eu amo desenho, mas do nada, alguém hackeou a minha conta e passou a seguir um monte de árabe e contas com contéudo adulto. Estou falando sério. Algum miserável fez isso comigo. Só tenho a agradecer, porque depois que eu recuperei a minha conta, a excluí definitivamente. Um parasita social a menos. E foi por causa deste ocorrido com o Insta que fiquei irritada e decidi tirar a outra pedra do meu caminho. Facebook.

Eu nunca gostei do Facebook. Sempre achei detestável o seu formato, e principalmente, o seu criador o reptiliano Mark Suckerberg, oh digo, Zuckerberg. Fui instigada a criar uma conta, lá em meados de 2013, devido a umas amigas de Faculdade, pois não queríamos nos separar, aquele papinho meloso de amizade. Resultado: criei a conta, e elas desistiram uma após a outra, deixando-me naquele campo minado.

Mês vem e mês vai, ainda em 2013, criei o blog, que tinha um outro formato naquele ano, com postagens voltadas à minha fé e coisa e tal. Conheci alguns blogs cristãos, e pelo Facebook interagia bastante com esses donos de blogs e nos grupos, sempre compartilhando postagens. O meu blog naquela época era um desastre! Eu era praticamente uma analfabeta funcional. Porém, esses tais blogs meio que me "apoiavam" entre várias aspas. Era meio que uma troca vergonhosa de leitura, prática que nos dias atuais abomino.

Nessa mesma época, eu havia criado uma página para o blog (não esse blog, era outro, porém a página já está devidamente excluída), e meio que o sistema era, eu deveria dar likes em todos os posts de todas as páginas destes tais blogueiros cristãos, e com um pouco de sorte e muita reza braba, eles talvez sem muita certeza, curtiriam meus posts. O sistema é f.o.d.a, parceiro.



Mas, Sammy, o que diabos isso tem a ver com os tais parasitas sociais?

Tem tudo a ver, meus compatriotas!

Eu ficava obcecada e passava praticamente horas e mais horas desejando que alguém desse um mísero like na minha postagem, que a comentassem, e que a compartilhassem, enquanto eu curtia e comentava os posts dos outros, meio que dizendo "Ei, eu estou fazendo a minha parte. Agora, curta a minha postagem, por favorzinho💔!". Era ridículo. 
 
Eu queria ser seguida, não vou mentir. Se tornou uma obsessão doentia para mim. Óbvio que não cheguei ao extremo de ficar sem comer ou dormir, mas eu me sentia mal, pois na minha cabeça, quando a postagem nos grupos do Facebook tinha zero likes ou comentários, eu entendia que ninguém mais gostava de mim, que meu post era medíocre, e que eu deveria me esforçar ainda mais na próxima postagem.

Olhando para trás agora, sinto uma imensa vontade em dar um tapa na minha eu do passado. Deus, como eu era patética. E é bom quando reconhecemos nossos erros. Amadurecer é uma benção. 

Desativei temporariamente o Facebook diversas vezes, porque no fundo, eu queria que alguém sentisse falta de mim, contudo assim que eu retornava, nada havia mudado, e todos seguiam com suas vidas. E é aí que entra o X da questão. Eu era apenas um número para esses intitulados "Amigos" pelo Facebook. Minha presença tampouco importava para eles, desde que eu, sendo um número, jamais saísse do meu lugar. 

Logo, refleti: por que caralhos eu iria querer a atenção de pessoas que nunca vi na minha vida, pessoas que só adicionei porque o Facebook indicava? E as pessoas que eu conhecia na vida real, eu repudiava, porque eu sabia exatamente como elas eram, como era a personalidade de cada uma delas, porque eu convivi com estas pessoas, e a imagem tão frágil que passavam no Facebook sequer refletia um terço de sua vida quebradiça.

Uma destas pessoas era uma garota que estudei durante o Ensino Médio e ela morria de vergonha de sua mãe que era faxineira. Ela detestava quando a mãe dela aparecia na escola para assinar seu boletim, e quando ela via a mãe passear na rua, se essa garota estivesse acompanhada de suas amiguinhas, ela ignorava a própria mãe. Já no Facebook, sempre que ocorria o famigerado Dia das Mães, lá estava esta mesma garota posando para selfies com a mãe dela ao lado, como se fosse um bibelô, com fotos sempre acompanhadas de textão, obviamente, sobre o quanto amava a sua preciosa mamãe. Ela recebia de 2 mil a 5 mil likes e vários compartilhamentos, para no dia seguinte desprezar a mãe como sempre.

Não fazia o menor sentido eu seguir estas pessoas. Durante oito anos (porque criei o Facebook em 2013), eu seguia e curtia a postagem de pessoas que em nada acrescentaram a minha vida.

Além do mais, o Facebook se tornou uma fossa profunda, censurando pessoas, boicotando perfis, vazando dados dos usuários, além de permitirem vários conteúdos impróprios como gore ou pais que expõem seus filhos pequenos dançando funk pesadão.

Eu precisava me desintoxicar daquele lugar. Precisava mudar a minha vida, ou seria arrastada para aquele lamaçal, sempre ansiosa em tentar ter a atenção de pessoas que tampouco gostam de mim.

Quando dei uma pausa no Facebook, por motivos pessoais não listarei aqui, percebi que não precisava dele e nem de likes. Curtidas de estranhos não poderiam definir quem eu era. Foi então que vi aquele ícone desconhecido, aquele maldito F azulado plantado na minha aba de favoritos que me dei conta de que, assim como o Instagram, o Facebook precisava sair da minha vida. Ao fazer login, uma enxurrada de notificações de "Amigos" querendo que eu curtisse suas páginas fizeram com que uma sensação de tristeza inundasse o meu coração. Aquelas pessoas mal me conheciam, eu era somente um número para elas, e elas não precisavam de mim, porque eu era importante ou especial. Não! Precisavam apenas da minha curtida em páginas que sequer tenho interesse em ver. O pontapé inicial estava ali.

Como o Facebook atualizou, matei a minha cabeça por mais de meia hora em como excluí-lo, pois todos os tutoriais que li estavam desatualizados.

E é em primeira mão, com pequenos passos práticos que hoje ensinarei a vocês como se livrar desse parasita social na sua vida. 

DJ, toca aí o som número 1 dos tutoriais: 009 Sound System - Dreamscape. Caramba, sinto-me velha agora. 😢

Passo 1: Faça login (Jura, Sammy?! Nousa, eu não sabia disso! Essa verdade mudou a minha vida. 😲😱). 



 Continuando...


Passo 2: Vá na aba no canto superior e clique no triângulo de cabeça para baixo, e clique em Configurações e Privacidade.



Passo 3: Ao fazer isso, um mini menu abrirá. Novamente, clique em Configurações.


Passo 4: Clique em Suas Informações no Facebook e veja a mágica acontecer.


Passo 5: "É ele. É ele que nóis vamô buscar. É ele que a gente quer."
Vá até o último tópico e clique em Desativação e Exclusão.



Passo 6: Feito esse simples passo, o Facebook vai abrir uma mini janela, perguntando quais das opções você quer. Se quer apenas desativar por um tempo ou excluir para sempre. Eu cliquei em Excluir Conta e em seguida, apertei o botão retangular azulado. 


Passo 7: Após isso, o Facebook vai vim com umas chantagens emocionais do tipo, "ain, se você excluir sua conta, não poderá se conectar em joguinho de Fazendinha Feliz e pipipi e popopó". Apenas digo: Continue a nadar, nadar, nadar. 🐠🐟🎵 



Passo 8: Quase acabando, quase acabando.... Agora é só confirmar a sua senha, porque o Facebook não quer que você vá de jeito nenhum.



Passo 9: Agora é só cantar Let It Go. Pronto!



Você não é obrigado(a) a excluir suas redes sociais apenas porque eu disse. Isto foi uma decisão MINHA. Eu senti que deveria me desligar deste mundo virtual que não me traz uma gota de felicidade. Além disso, estudos comprovam que as redes sociais causam um efeito que desestabilizam a química em nosso cérebro, deixando o usuário carente por dopamina, que é a responsável pelas sensações de prazer. Isso se deve ao caso da ansiedade em receber likes e comentários. Deixarei os links das reportagens no final do post para quem quiser saber mais.


Curtidas de estranhos nunca podem definir quem você é. Você não precisa da aprovação de terceiros, e nem precisa se expor neste esgoto chamado Internet, para ficar "sintonizado" no que está acontecendo mundo afora. Quanto mais longe estivermos desta teia de parasitas sociais, mais a nossa sanidade mental agradece. Sinto-me mais leve. Sinto-me bem.

É isso. Bebam muita água e chá de camomila e fiquem bem.

Beijos.




LINKS IMPORTANTES:










Comentários

  1. Se você se sente bem, então está tudo bem.

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  2. A sensação de euforia em sempre querer mais e mais likes... MDS finalmente alguém falou sobre isso e não passou pano para o Facebook.

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  3. Amei o post. Cheio de memes. Bem descontraído.

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  4. Resumiu a vida da minha irmã. Ela está sempre ansiosa, com a cara grudada no celular, mendingando likes chega a dar pena. Redes sociais não definem quem nós somos.

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    Respostas
    1. Tenta conversar com ela. Negar a realidade e viver em uma paralela não é nada bom.

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  5. Excelente texto! Realmente, as redes sociais podem se tornar um vício... É uma realidade em que vivemos onde as pessoas estão muito preocupadas em mostrar o que estão fazendo e precisam da "aprovação" de amigos e desconhecidos para fazê-lo. Na minha opinião, temos que fazer coisas que nos façam bem e pronto, independente do que os outros pensam. Nós somos donos de nossa própria felicidade.

    Eu mesmo só tenho certas redes sociais mais por conta de grupos e comunidades sobre temas que eu gosto, serve mais como referência. Ou então para rir um pouco, com piadas ou coisa parecida.

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