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Livro: O Diário de Anne Frank



Título original: Het Achterhuis 
Autora: Anne Frank (editado e organizado por Otto Frank)
Páginas: 224 páginas
Editora: Principis
Ano: 2019
Sinopse: É a história real de uma garota judia de 13 anos que ficou escondida com sua família durante a ocupação nazista na Holanda. O nome dela era Annelies Marie Frank, nasceu em 12 de junho de 1929 em Frankfurt, na Alemanha, e morreu em um campo de concentração, pouco antes do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Foi escondida, no último andar de um prédio, que Anne Frank escreveu durante mais de dois anos um dos registros mais detalhados do dia a dia daquela fase em que os nazistas, liderados por Hitler, espalharam o horror entre seus perseguidos.


👩🏻📖

"Espero confiar inteiramente em você, como jamais confiei em alguém até hoje, e espero que você venha a ser um grande apoio e um grande conforto para mim." 

Imagine que você é uma garota de 13 anos, na pré-adolescência quase transitando para a difícil fase da adolescência, e que possui uma mente cheia de sonhos e é uma pessoa com muitos objetivos para o futuro. Mas, e se o seu futuro fosse arrancado bruscamente de você? 

E, se ao invés de desfrutar da liberdade, como toda criança, fosse confinada em um esconderijo, para sobreviver em um dos períodos mais dolorosos da História da humanidade, enquanto deve agir como adulta, pois não há mais lugar para a infância?!

 E, se, outrora no lugar da grande coragem que um dia teve, um medo crescente irrompe-se em seu peito, pois teme que a qualquer momento, os nazistas invadam o seu lar, assassinem sua família e a fuzilem? 

Tudo isso que descrevi foram os anseios que passei enquanto li o diário desta doce menina que teve seus sonhos ー e a vida ー tirados dela de forma tão covarde.





Anne Frank foi uma jovem alemã de origem judia. Garota enérgica e muito falante. Ao fazer 13 anos, ganha um livro com páginas em branco, presente do pai, e transforma uma caderneta que antes era para autógrafos em seu diário secreto, e acima de tudo isso, transforma-o em uma melhor amiga da qual pode revelar seus anseios e pensamentos mais íntimos. Passa a chamar o diário de Kitty, e então, vemos através de seu ponto de vista como ela observava o mundo.

Apesar de ser alemã, ainda assim, Anne e a família eram constantemente perseguidos pelas leis contra judeus, impostas por Hitler. Saíram da Alemanha para a Holanda, em 1933, quando Anne ainda era bem pequena. No entanto, quando a Holanda foi invadida pelos nazistas em 1940, os Frank viram aquele pesadelo retornar mais uma vez. Várias leis antissemitas foram impostas.

"A gente tem medo de fazer qualquer coisa porque pode estar proibido. Nossa liberdade era tremendamente limitada, mas ainda assim, as coisas eram suportáveis."

Antes de tudo isto, as únicas preocupações de Anne eram as notas na escola ou os garotos que a paqueravam. Quando o antissemitismo se torna cada vez mais crescente, é notável que o maior medo de Anne é ser pega por algum soldado nazista. Até mesmo sua amizade com um amigo da qual tinha muito apreço, Harry, fica abalada pelo fato da garota ser judia e a avó do garoto não aprova a aproximação deles.

A vida de Anne muda repentinamente quando seu pai, Otto Frank, diretor de uma fábrica na Holanda que produzia geleia, diz para a família que estão de mudança. O lugar da qual passaria os próximos dois anos escondida era localizado nos fundos da fábrica. Ali, ficaram escondidas a família Frank e a família Van Daan. Recebia periodicamente ajuda de amigos e vizinhos que estavam a par do esconderijo e que guardaram segredo, entre eles, Miep Gies uma funcionária da fábrica, em algumas passagens do diário é possível notar que Anne tem um grande afeiçoamento por Miep. Além disso, Anne é extremamente apegada ao pai, e possui algumas desavenças com a mãe que tenta a todo o custo mudar o comportamento da filha. Anne também é grande amiga de Margot, sua irmã mais velha, e por vezes a admira, apesar de achá-la um tanto perfeita em algumas ocasiões, sempre impressionando os adultos.

A convivência no esconderijo também não revela-se sendo como uma das melhores, pois frequentemente Anne discute com o casal Van Daan, que reprovam o comportamento da menina. Mas assim como as discussões vem, elas também vão, e logo a harmonia temporária se estabelece no esconderijo. Logo, Anne vê-se sob novos regulamentos restritivos para sobreviver naquele lugar com outras pessoas, e um deles é justamente fazer o mínimo de barulho possível para não levantar suspeitas.

Ainda assim, em meio ao horror da guerra e a perseguição de seu povo, Anne tenta levar uma vivência normal, comemorando datas e sempre conversando com sua amada Kitty.


"Guardei as coisas mais estranhas ao pensar que nos íamos esconder. Não me arrependo; recordações valem muito mais que do que vestidos."


Os eventos do diário se desenrolam entre 14 de junho de 1942 e findam em 1º de agosto de 1944, onde ele termina de forma repentina, pois em 4 de agosto de 1944, o anexo secreto foi descoberto pela Gestapo. Alguns acreditam que alguém tenha delatado o tal lugar, embora não haja provas para tal teoria embora não seja de todo impossível. 

Anne e sua irmã, Margot, contraíram de tifo nos campos de concentração. Provavelmente, ela tenha falecido em 12 de março de 1945. Sua mãe Edith morreu de exaustão e inanição. Não se sabe o que ocorrera com a família Van Daan. O único sobrevivente da família Frank foi o seu pai, Otto, da qual fora o receptor dos pedaços do diário de Anne, que estavam com Miep, pois fora uma das poucas coisas que ficaram no esconderijo quando a Gestapo o invadiu. Otto faleceu em 19 de agosto de 1980, na Suíça.

Anne nunca teve a intenção em ser uma escritora e tampouco em ser famosa, porém é inegável dizer que a sua história de vida toca a todos uma vez que a conhecem. Uma história sobre manter a esperança mesmo cercada pelo desespero. Anne foi uma garota de grande coragem que veio a deixar sua marca na História. Que nunca possamos esquecermos dela.

Sua história foi adaptada para filmes, documentários e animação ao longo dos anos. Os que pude listar foram os filmes de 1959 e 2016

Uma nota importante: O Diário de Anne Frank teve a autenticidade confirmada por peritos. Estudos forenses da caligrafia de Anne e exame do papel do diário, da tinta e da cola comprovaram ser de material existente na época. A conclusão foi oficialmente apresentada pelo Instituto Estatal Holandês para Documentação da Guerra.


"É uma verdade que quanto piores são as notícias lá de fora, mais o rádio, com sua voz miraculosa, nos ajuda a manter o ânimo elevado e a dizer: 'Coragem, cabeça erguida que melhores dias hão de vir!'."






** O livro foi comprado por mim. Não é um livro parceria.


Comentários

  1. E antes das férias a professora até falou sobre esse livro. Vou ver se consigo encontrar alguma livraria que ainda tenha uma cópia dele.

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  2. deu vontade de ler agora.

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  3. Dói ainda mais o coração porque se trata de uma história real! Uma garotinha teve sua vida destruída por um monstro.

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  4. ‧̍̊·̊‧̥°̩̥˚̩̩̥͙°̩̥‧̥·̊‧̍̊ ♡ °̩̥˚̩̩̥͙°̩̥ ·͙*̩̩͙˚̩̥̩̥*̩̩̥͙·̩̩̥͙*̩̩̥͙˚̩̥̩̥*̩̩͙‧͙ °̩̥˚̩̩̥͙°̩̥ ♡ ‧̍̊·̊‧̥°̩̥˚̩̩̥͙°̩̥‧̥·̊‧̍̊

    Amei tanto seu blog. Deus abençoe.
    ✎ (❁ᴗ͈ˬᴗ͈) ༉‧ ♡*.✧

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    1. ﹥ ˏˋ ♡ ̩͙ ♡ ̩̩̥͙ ♡ ̩̥̩ fofura

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