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Meu amor e ódio por SoulCalibur V



Um mês tentando escrever esta postagem. Espero que agora dê certo.

Não tomarei muito tempo explicando como funciona a saga das espadas eternamente recontada, até porque apenas joguei três deles (III, V e VI). É... é, eu sei. Sou uma sem-noção, mas usarei o argumento válido de que não possuo PS1 e por isso ficou praticamente impossibilitado para mim, jogar o restante dos jogos que antecedem.

Além disso, Soulcalibur anteriormente era conhecido como Soul Edge, mas mudou para Soul Blade assim que veio para o ocidente, porque algum babaca resolveu registrar a patente da palavra "Edge", e qualquer empresa que usasse essa palavra era processada. 

Nota: Soul Calibur é a espada, e Soulcalibur (tudo junto) é o nome do game.

E por que eu estou falando de um jogo de 2012 sobre o qual poucas pessoas ouviram falar?

Porque sim.

Porque eu amo Soul Calibur e não aceito o fatídico fato desta franquia ser tão subestimada. (Mais subestimado que Soul Calibur só a franquia Drakengard, mas isso é outra história...)
Culpa da Bandai, talvez, por não investir o suficiente em marketing, focando todo o tempo e atenção somente em Tekken? (Que aliás, eu amo de paixão também).

SC é um dos meus jogos de luta favoritos da vida, ficando até mesmo à frente de Tekken e Mortal Kombat. Uma pena que seja um dos jogos mais subestimados e desconhecidos pela comunidade, pois a mecânica de Soulcalibur consiste em lutar com armas, quer sejam elas, espadas, lanças, machados, etc.

Esta será uma análise bem pessoal que farei sobre SoulCalibur V. Um dos jogos que mais amo e um dos que mais odeio. E se isso não fez nenhum sentido para você, continue comigo porque ao final dela você entenderá.  

Há 9 anos, Soulcalibur V dava as caras após um jogo anterior um tanto... estranho! Não que Soulcalibur IV fosse ruim, longe disso, ele era apenas estranho e um pouco limitado. Haviam personagens convidados nele, e eram personagens do Universo de Star Wars, o que fez toda a lógica e consistência ir para o saco, pois SC é um jogo com uma ambientação mais voltado para o estilo medieval. 

Além disso, em cada versão de console, quer seja Xbox 360 ou PS3, apareceu um convidado diferente. No PS3, estava o Darth Vader, e no Xbox 360, havia o Mestre Yoda, e era um pesadelo lutar contra ele, porque era absurdamente pequeno, então, socos e arremessos eram ineficazes nele.
Mas pedir lógica em um jogo sobre uma espada do bem e uma espada do mal é um pouco demais, não?!

Enfim, voltando para SC V... 

A história se passa 17 anos após os eventos do jogo anterior, em uma época medieval, que eu considero como uma "Europa" alternativa, apesar disto nunca ser dito em nenhum momento no jogo. É apenas uma especulação minha mesmo. Para a surpresa de muitos fãs, personagens antigos foram substituídos sem mais ou menos, personagens veteranos tiveram seus golpes trocados, foram adicionados novos personagens pouco interessantes, e os outros que sobraram, morreram. 

Sim! 

Morreram. 

Nem preciso dizer que muitos fãs ficaram furiosos com esta tomada de decisão impensada. Verdade que tal estratégia deu certo em Tekken 3, mas aqui não funcionou.

Falarei primeiro das coisas que mais gostei.

⚜PONTOS POSITIVOS.

• A trilha sonora desse jogo é simplesmente magnífica, e com toda certeza, a melhor de toda a saga. Queria que houvesse uma opção para migrar as músicas do jogo V para o jogo VI, ao invés de ter que pagar, nada barato aliás, por elas. Cada personagem possui um tema e cada cenário também. A equipe responsável pela banda sonora está de parabéns.

Deixarei algumas para plena degustação, Aprecie.

The Last Wish


The Breeze at Dawn



Virtuous Heart



The Sword of Resolution


Sleepless - An Untamed Beast 


Wings of Sorrow 


Legend Unveiled



• O modo de criação de personagens é a melhor coisa do jogo, e talvez, o melhor modo de criação de personagens de toda série, sendo bastante extenso e criativo, com vários itens e opções. Podemos criar qualquer personagem, e quando digo que é qualquer um, é qualquer um mesmo.

• O narrador que inicia as batalhas e apresenta os personagens na tela de seleção. A voz dele é realmente muito boa.

• Zwei e Viola. São os dois personagens novos que se destacaram muito. Gosto do visual da Viola, e do jeito em como ela parece uma Chapeuzinho Vermelho gótica, fora toda a aura misteriosa que ela tem. Zwei tem como parceiro um lobo antropomórfico, o Ein, (ou metade dele), que ele ativa nas lutas, como se fosse uma espécie de Stand uma figura presente no universo de Jojo's Bizarre Adventure.

• Ezio Auditore foi uma excelente adição à saga e combina muito mais com a vibe do Soulcalibur do que os personagens do Star Wars.

É... a lista de coisas boas não é muito grande, e fiz um grande esforço até aqui, mas são exatamente estes pontos que me fazem amar SC V. Estou fazendo o impossível se tornar possível, até.

Agora, mergulharemos nos pontos que me fazem odiar SC V.

⚜PONTOS NEGATIVOS.

• Patroklos Alexander.

• A substituição de alguns heróis antigos por suas cópias mais jovens e genéricas. É triste ver que Kilik, Xianghua, Taki, Sophitia, Cassandra, Talim, Seong Mi-na, foram trocados por versões menos atraentes de si mesmos, sem contar que alguns são irritantes, como a Natsu e a Leixia.

• Cenários repetitivos, limitados e de aparência genérica. Quase não há chance de fazer um "Ring Out" por causa dos cenários fechados. E a expressão "palco da história" é justamente por causa dos tais cenários, que parecessem com "palcos", e usamo-nos para derrubar nosso oponente arena afora.

• Maxi foi praticamente rebaixado para ser a "babá" para os personagens novatos. O que fizeram com o nosso orgulhoso dândi dos mares? 

• As tentativas enfadonhas em colocar os filhos irrelevantes de Sophitia — Patroklos e Phyrra — como parte de algo grande, soam completamente ridículas e forçadas. Em Soulcalibur, não existe um protagonista fixo, e nem mesmo é o Mitsurigi (que é praticamente o garoto-propaganda) e muito menos é a Sophitia. Fazer com que tudo gire em torno de Patroklos deixou tudo cansativo e enfadonho.

• Patroklos é o maior problema desse jogo. Sim, estou citando-o novamente. Ele não funciona como protagonista e nem como "o herói" da história. O rapaz é narcisista, arrogante e um grandessíssimo de um covarde que abandona a própria irmã no ápice de seu desespero. Um personagem que se auto intitula como "guerreiro santo" boa pessoa não é. E por que estou pegando tanto no pé deste infeliz? Explicarei mais a frente quando resumir a história de SC V.

• A falta de um backstory para cada personagem novo ou veterano. Não sabemos quem são os novatos, e com a ausência de história para eles, sequer nos importamos. E quanto aos veteranos, estão mais perdidos que cego em tiroteio. Zeramos com o personagem e no fim, somos recompensados com uma tabelinha de recordes. Tenha dó.

• Metade do modo história é contado como se fosse uma espécie de "papiro", e é cansativo ter de ficar lendo o tempo todo. Algumas cutscenes foram animadas, mas não ficaram tão boas. Valeu o esforço, ao menos.

• Elysium é "vendida" como uma boss final, mas só lutamos contra ela exclusivamente no Modo História, o que é bem patético.

• Nightmare tornou-se boss final, e não apenas isso, como ele retornou sem ter qualquer ligação com seu hospedeiro original, Siegfried. E falando em Siegfried, Deus do céu, o que fizeram com esse personagem? Simplesmente foi deixado para escanteio e serve apenas como uma espécie de "mentor do Zwei".

• Existem 3 personagens "mímicos". Elysium copia todos os movimentos das meninas, Kilik, que antes tinha seu estilo próprio e usava a Kali-Yuga, copia o movimento dos meninos (e até hoje não entendi porque fizeram essa burrada com ele), e Master Edge copia o movimento de todos, tanto meninos quanto meninas, e é bem hilário ver um senhorzinho segurar a ring blade da Tira e requebrar o quadril como ela...

• O design das espadas é tenebroso. Soul Calibur e Soul Edge agora tem rostos.

• Ah, e o modo online é terrível. Apenas isso mesmo.

• Como quiseram focar todo o tempo e atenção em um "modo história original" (e bem sem graça), todos os outros modos de combate foram retirados, sendo eles Tales of Soul, Quick Play, Weapon Master Mode, Chronicles of the Sword. Não há mais modos de missão, e ficamos presos entre o modo Arcade e História e ambos são desinteressantes.


⚜A HISTÓRIA (?)

... ou a falta dela.

Serei o mais breve possível porque o modo história é a pior coisa desse jogo. E ele é a maior parte do jogo. Estamos com sérios problemas.

Seguimos os filhos de Sophitia em sua insípida jornada. E eu bem que poderia encerrar bem aqui.

Passaram-se 17 anos desde a última vez em que a Soul Edge deu o ar da graça. No entanto, aparições de pessoas conhecidas como malfestados aterrorizam a todos.

E o que seria um malfestado?

Seria uma pessoa que sob a influência da Soul Edge, ou de seus fragmentos, torna-se violenta e irracional. E isso sequer é explicado neste jogo, apenas é mencionado no jogo seguinte, Soulcalibur VI.

Acompanhamos a história de Patroklos Alexander, filho da falecida Sophitia, e ele não é um rapaz, digamos, nenhum pouco "gostável". Está sempre agindo de forma arrogante, autonomeando-se um guerreiro santo, e matando inocentes que ele julga como "malfestados". Assim que conhecemos o personagem e jogamos com ele, Patroklos mata um idoso a sangue frio porque achou que ele era um malfestado. Se essas são as atitudes de um herói, nem quero saber como é o vilão.

Sim, e temos de jogar com este infeliz por mais de duas horas direto. Eu não quero saber dele, eu não quero conhecê-lo. Deixe-me jogar com algum personagem que não tenha a personalidade dúbia. Ah, e para fechar o caixão, ele está destinado a empunhar a Soul Calibur. 

Do outro lado, temos Phyrra, irmã mais velha de Patroklos que foi sequestrada por Tira quando criança. Phyrra é uma moça tímida, submissa até demais, e obedece Tira em tudo. Além do mais, a moça recusa-se a matar alguém ou machucar uma pessoa. Ela é ingênua e inocente, diferente de seu irmão psicótico. Jogar com Phyrra é um porre porque ela tem uma voz aguda e tenho a impressão de que ela está sempre chorando. Além do fato dela sempre pedir desculpas ao oponente enquanto luta. Nesses momentos, senti uma saudade imensa de Cassandra. Ah, e Phyrra é transformada na vilã do jogo. 

É... 



Tenho certeza que os roteiristas tentaram subverter os papéis dos protagonistas, em uma tentativa de nos surpreender, mas algo deu errado.

É uma ideia que não convence, justamente porque a franquia Soulcalibur não se prende a um protagonista. Cada personagem é o protagonista de sua própria história. Transformar os filhos de Sophitia, dois personagens que pouco importam e que não tem brilho algum, em protagonistas principais é um tanto presunçoso e chega ao ponto de dar um gosto amargo na boca. E eles ainda tem a pachorra em nomear as versões alternativas dos protagonistas como Alfa e Ômega, como se eles fossem o começo e fim de algo. Poupe-me. 😒

Transformar Phyrra em uma garota sedenta por almas sob a influência da Soul Edge não funciona de maneira alguma, pois ao longo da história de todos os Soulcalibur's existentes, apenas os homens se mostraram mais suscetíveis a atender o chamado da espada maligna, e isso é uma teoria minha. Vemos o mal manifestado em Cervantes, Siegfried, Raphael, Zasalamael, Nightmare, e no jogo mais atual, em Kilik, Azwel e Grøh. Enquanto as mulheres, como Sophitia, Talim, Xianghua, são mais suscetíveis em empunhar a espada boa. 

Tornar Phyrra má porque sua mãe outrora tinha fragmentos da Soul Edge no corpo não é somente estúpido, como também é enfadonho e ilógico. Se fosse assim, a própria Sophitia deveria estar sob a influência da Soul Edge, e não a sua cria.

Lá para o meio do jogo. Patroklos cria vergonha na cara (na verdade, após Zwei chutar a bunda dele) e se torna α Patroklos (Alfa Patroklos), uma versão melhorada de Patroklos. α Patroklos era o que ele deveria ter sido desde o início: um herói humilde e valoroso. Contudo, já está tarde demais para tornar este pedante personagem em algo agradável. Enquanto isso, Phyrra cede à insanidade e se torna Phyrra Ω (Phyrra Ômega).

Devem estar pensando, bem ao menos agora, os personagens mudaram a aparência e ganharam poderes extraordinários. Só ficaram mais ordinários mesmo. Patroklos ganhou o moveset da Setsuka, uma personagem do Soulcalibur III que tinha uns golpes pra lá de escrotos de tão difíceis que eram, e a Phyrra apenas ficou com as vestes em tom escuro, olhos vermelhos e grita como se não houvesse o amanhã. Nada novo sob o sol. 

Então, descobrimos que tudo era um plano maléfico de Elysium, disfarçada como uma Sophitia angelical que fez com que Patroklos se voltasse contra PhyrraO jogo tem a audácia de transformar os dois irmãos em rivais, lutando em lados opostos, e simplesmente não funciona. Patroklos já era um carniça sociopata desde o começo. Ele nem sabia que Phyrra era a sua irmã, pois quem contou a ele foi Tira. Se Elysium dissesse: "Filhinho, mate ela porque ela é uma malfestada", ele teria feito sem pensar duas vezes, porque ele é a porcaria de um capacho.



Elysium, que é a personificação da Soul Calibur, e a preceptora de Patroklos que o guia nessa jornada sem sentido, revela-se como a vilã do jogo. Quero mencionar que ela tem a aparência da Sophitia e que 98% do seu corpo está exposto. Elysium explica que ela só tem aquela forma porque foi assim que Patroklos imaginou a sua mãe... Patroklos imaginou a sua mãe com aquela vestimenta... Além de assassino ele também é um pervertido doente. 

Soul Edge já era a vilã do jogo e agora a Soul Calibur também é. Que porcaria esses roteiristas fumaram? Isso não faz o menor sentido. Agora existem duas espadas más no jogo? Que diabos?!

No fim, Patroklos derrota Elysium e se despede dela chamando-a de mãe (???), mesmo depois de saber que a espada praticamente copiou a fisionomia de Sophitia. Pat, você tem probleminhas, meu caro.


Junto à sua irmã, Patroklos e Phyrra destroem a Soul Calibur e a Soul Edge, enquanto caminham juntos ao pôr-do-sol, nos dando uma leve insinuação que ficaria em sexto lugar, fazendo com que o mundo possa ter o risco de cair em um Caos Astral por terem destruído as duas espadas. Parabéns. Final estúpido para personagens estúpidos. A única coisa que se salva é a música de encerramento.

⚜ CONCLUSÃO.

Não, Soulcalibur V não é um jogo ruim. Entretanto, também não é um jogo bom. Diria até que seja um tanto esquecível e a única coisa que valha a pena nele, seja o modo de Criação de Personagens e a trilha sonora. Sei que faltou bastante coisa, mas este é apenas um artigo feito pelo ponto de vista de uma fã aficionada e bem limitada.

Em 2018, finalmente fomos abençoados com o lançamento de Soulcalibur VI depois de várias decepções e hiatus da série principal. Um verdadeiro primor e resgate às raízes do espírito original do Soulcalibur. O jogo seguinte é um reboot que junta os universos de Soulcalibur I, II e III.

Gosto de SCV apesar de todos os defeitos, e admito que gostar desse jogo é como tirar leite de pedra. E mesmo com estas homéricas falhas, mesmo odiando-o tanto, não consigo deixar de amar este jogo.


Por hoje é só. Beijos e bebam muita água.

💋

⚔🛡


Comentários

  1. Percebi que você é bem fã. Não conheço mas já gostei.

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    1. Gostei das músicas também... quando vc vai fazer mais postagens assim.

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    2. Vou demorar a fazer outro post. Esse e o da Cruella desgastaram minhas energias.

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  2. "uma leve insinuação que ficaria em sexto lugar"... caralho eu entendi!

    Em sexto...
    Incesto...

    Sou um Sherlock Holmes.

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    1. Alguém entendeu a piada. E tipo, o jogo meio que joga na nossa cara: "tá vendo esses dois irmãos... eles se gostam, mas não como irmãos".

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    2. Não basta o modo história ser um porre e o protagonista um saco de lixo, eles tem que incluir insinuações a incesto. 🤦🏼‍♀️🤦🏼‍♀️

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    3. Pois é... graças a Deus, SoulCalibur foi rebootado e Patroklos evaporado.

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    4. Espero nunca mais ver Phyrra ou Patroklos no futuro. Personagens chatos e imbecis.

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  3. Gostei muito desse post.

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  4. Joguei o SoulCalibur VI queria tanto que vc fizesse um post sobre o Libra of Soul nunca consigo avançar e sempre perco para o berserker de nível 26.

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    1. Tava pensando em fazer um artigo sobre isso, mas possivelmente eu teria de dividi-lo em 3 partes... para vencer o berserker nível 26, você precisa estar com um nível maior que ele, de preferência, chegar ao nível 30. Tem que fazer missões paralelas para aumentar de nível.

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  5. acredita que eu achei um vídeo no youtube em que o cara fez toda uma teoria mirabolantemente maluca e desnecessária, só pra explicar que Voldo seria "gay" quando na vdd ele é só um cara excêntrico e leal ao seu mestre, e por isso perdeu a sanidade e a sua humanidade. Essas pessoas querem forçar homossexualidade em tudo meu Deus do céu. Chega a ficar chato tanto forçada de barra e tanta lacração chata. affs.

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    1. Nossa, e eu assisti isso e fiquei tipo... 😶🙄😑
      Forçaram tanto a barra que já podem se nomear como Magneto.

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