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Livro: A Garota da Terra do Vento


Título original: Nihal della Terra del Vento 
Autora: Licia Troisi
Páginas: 320 páginas
Editora: Rocco
Ano: 2004
Sinopse: Nihal é realmente uma garota estranha. Ninguém no Mundo Emerso se parece com ela: grandes olhos violeta, orelhas pontudas, cabelos azuis. Ela foi criada por um armeiro e vive em uma das muitas cidades-torres da Terra do Vento. Nihal passa seus dias brincando de fazer guerra com um grupo de amigos, que a escolheram como líder devido à sua força e agilidade. Uma infância despreocupada, ameaçada apenas por alguns pensamentos sombrios. Por que é tão diferente de todos os outros? Por que ninguém jamais fala sobre a mãe que nunca conheceu? Tudo muda para Nihal quando a Terra do Vento é invadida pelo Tirano, o déspota que já conquistou cinco das oito Terras que formam o Mundo Emerso. A resistência do exército dos povos livres é ineficaz, assim como os magos que tentam proteger as cidades com encantamentos e barreiras encantadas. Nihal não tem outra escolha a não ser tornar-se uma guerreira de verdade, capaz de defender os inocentes que correm o risco de sucumbir às tropas do Tirano, formadas por monstros aparentemente invencíveis. Para ser bem-sucedida em sua luta pela liberdade, Nihal só pode contar com dois aliados: Senar, o jovem mago que, apesar das velhas rivalidades, é um companheiro fiel, e sua infalível espada de cristal negro.

🗡🧝🏼‍♀️


Deixando um pouco livros de romance de lado, decidi esses dias ler algo relacionado à Literatura Fantástica. Escolhi A Garota da Terra do Vento, e posso dizer com toda a franqueza: não me arrependi.

Vou logo dizendo de cara que detesto comparações! Novo Senhor dos Anéis, Novo Harry Potter, Novo Orgulho e Preconceito, Novo Jogos Vorazes, Novo Isso, Novo Aquilo... Editoras, parem com esse tipo de marketing porcaria! Ao contrário do que pensam, isso não me faz querer ler um livro. Me faz querer distância dele. Acredito que toda obra possa mostrar seu potencial, sem precisar ser O Novo Fulano dos Anzóis.

Nihal, desde menina, sonha em ser um guerreiro. Portando cabelos azuis, olhos violetas e orelhas pontudas, Nihal tem a admiração e o espanto do pequeno grupo de meninos que a seguem como líder. 

A mocinha é criada por um ferreiro habilidoso, Livon, que sempre a repreende por seu mau comportamento e temperamento arisco. Para Nihal, a guerra é uma coisa excitante e julga-se como invencível. Isso, até conhecer Senar, um garoto misterioso que reivindica o punhal dela para si. Subestimando o adversário e acreditando que jamais perderia para um menino franzino vestindo roupas estranhas, Nihal aceita a disputa contra Senar. E falha miseravelmente, perdendo na frente de seus admiradores e perdendo, também, seu estimado punhal, presente dado por Livon.


Combater é a única coisa que sei fazer. – Nihal fez uma pausa. – É a única coisa que
gosto de fazer.


Após aborrecer-se, Nihal está disposta a estudar magia com uma mulher chamada Soana, pois segundo a própria Nihal, ela perdeu para Senar pois não conhecia o território do seu inimigo. Mesmo com todas as objeções de Livon, ele acaba cedendo e permitindo que a sua filha adotiva estude magia. 

Até esse ponto da história, Nihal não tem nenhuma motivação concreta do porquê almeja estudar magia (ela quer ser maga apenas para humilhar Senar 🤦🏻‍♀️), ou porquê quer ser tão boa no combate físico. Ela faz o estereótipo da "moleca", aquela que gosta de aventurar-se e gosta de desobedecer as ordens dos mais velhos. É um pouco irritante, admito, acompanhar Nihal ainda criança pois como eu disse outrora, ela não possui qualquer motivação. O fato de estar ocorrendo uma guerra e tendo um louco chamado Tirano dominando o seu mundo, pouco a afeta. Somente após Senar, que é discípulo de Soana, contar à ela que a guerra não é brincadeira de criança e que existem riscos reais por detrás de cada escolha mal sucedida, que Nihal desperta um pouco e percebe o quão infantil fora durante aquele tempo...

.... Apenas para voltar ao status quo e apaixonar por um homem muito mais velho que ela (que graças aos céus, não corresponde à Nihal), e tornar-se uma bobinha apaixonada quando o vê, rendendo várias provocações de Senar à ela.

Existe um segredo sobre Nihal, acontece que ela é uma semielfo e é a última de seu povo. Após uma grande desgraça acontecer em sua vida, resultando na perda de alguém que era verdadeiramente importante para ela, Nihal está disposta a ser uma Cavaleiro (Amazona) de Dragão, disposta a vingar seu ente querido e seu povo ceifado. E é somente aí, após ela ter uma verdadeira motivação que acabamos por nos cativar um pouquinho com a protagonista.

Gosto do fato de Nihal ter de treinar para ser mais habilidosa com a espada. Estou meio que cansada em testemunhar protagonistas femininas "fortes" que nunca treinam e conjuram habilidades dos quintos e acabam derrotando o mal. Cansativo. Deveras cansativo. Aqui, Nihal treina, se esforça, a única coisa que acabou sendo desperdiçada foi a ocasião dela querer aprender magia, o que é inútil pois a mesma já é muito boa com a espada.

Gosto, também, da relação de amizade e cumplicidade com Senar. No começo, quando ele a derrotou e a ensinou a não subestimar os mais fracos, Nihal o odiou de todo coração e o teve como seu arqui-inimigo. Depois de algum tempo, convivendo com o garoto sob o mesmo teto de Soana, Nihal conheceu-o melhor, e passou a perceber que ele não era tão diferente dela, pois ambos eram jovens e tinham sonhos considerados impossíveis de serem realizados pelos adultos.

Porém, achei o livro um tanto longo, e nem refiro-me ao fato de que ele é uma trilogia (ou seria uma nonalogia, pois existem mais seis livros, porém com outras protagonistas?), mas sim, porque existem várias passagens que poderiam ser facilmente minadas. Às vezes, descrições excessivas ao invés de agradar ao leitor, acabam por deixá-lo exausto. De vez em quando um "ela falou" ou "ela perguntou" funciona melhor que "sua boca entreabriu-se, seca, a língua encostada no palato, enquanto sua garganta fechava-se, irrepreensível, com as palavras malditas sufocando-a aos poucos. Com os punhos cerrados, pôs os olhos em seu alvo, e com uma determinação que lhe queimava como as chamas da poderosa Fênix, a sentença altiva jorrou de sua boca". (Citação criada por mim 😋).

Sei que parece legal ler um parágrafo cheio de palavras rebuscadas, e de fato é sim, contudo, sendo seguido por 300 ou mais páginas apenas com linguagem assim, acaba por cansar até mesmo o mais ávido dos leitores. Todavia, por ser um livro de fantasia, quase com ares medieval, eu compreendo e perdoo.

Algumas coisinhas que não gostei nadica:

O vilão.

Ele é apenas o bad guy, que é mau por ser mau, e destrói apenas por destruir. Tirano, antes de ir para o Lado Negro da Força, era considerado um jovem prodígio por todos. O escolhido. Nesse paralelo, muito lembrou-me a Anakin Skywalker. Porém, assim como a protagonista, o vilão não tem motivações para ser o que é. Ele não é um Joker, Thanos ou Voldermort. Sua personalidade é esquecível. O herói só existe por causa do vilão. Ele (herói) é uma consequência dele (vilão). Nihal já desejava ser a heroína sem qualquer interferência de Tirano. E isso é mal. Digamos que sou o tipo de pessoa mais suscetível a torcer pelo vilão a torcer pelo herói. Não me levem a mal. Aliás, o vilão é o herói de sua própria história. E Tirano é tão fastidioso com um objetivo tão desanimador que, no fim, só desejei para que ele fosse substituído por um vilão melhor.

O que também não curti nenhum pouquinho foi o possível triângulo amoroso que a autora queria nos empurrar goela abaixo, entre Nihal, Senar e Laio, sendo este último citado tendo a personalidade de um papel branco.

Há uma cena, após Nihal entrar com muito sacrifício na academia de cavaleiros de dragões e perder outra pessoa que significava muito para ela, em que Laio simplesmente adentra os aposentos da moça (que pela descrição muito assemelhava à uma masmorra), e vendo que ela chorava em seu leito, em luto, o rapaz intrometido sem permissão alguma, deita junto a moça e a abraça. De conchinha! Não sei ao certo o que senti lendo isso, repulsa talvez?! Isso não foi fofo, não foi um gesto meigo, e definitivamente, não foi uma atitude legal e muito menos reconfortante. Laio é um dos personagens que menos gosto desse livro, pois quando ele conhece Nihal, transforma-se em um puxa-saco da moça, com elogios exagerados, fora que ele é um inútil sempre dependendo da proteção dela, atrapalhando-a muitas vezes. Resumindo: ele é uma pamonha detestável.

A suposta paixão de Nihal por Fen, o cavaleiro de dragão que é apaixonado por Soana, não incomodou-me (Laio incomodou-me MUITO mais), como vi em algumas resenhas de pessoas reclamando deste fato, pois atentei-me de que ela era uma adolescente que sentia uma grande admiração pelo cavaleiro de dragão, e Fen a via apenas como uma menina, uma pequena discípula, sendo assim, não teria como existir um romance entre eles.

Outro adendo é que eu detesto essa capa de todo o meu coração. Acho-a um cadinho feia. Incomoda-me muito ver uma guerreira pronta para entrar em um campo de batalha com risco de receber flechas e golpes de espadas, vestindo trajes como se fosse um cosplay versão Walmart da Mulher Gato (e não estou referindo-me à versão boa da Mulher Gato, mas ao filme podre de 2004), o que me faz pensar que talvez tenha sido uma homenagem, visto que o filme da Mulher Gato e esse livro saíram no mesmo ano... 🤔 De qualquer forma é uma capa horrenda. A espada nem é de cristal negro, como descrita no livro. É só uma espadinha comum. As cores de fundo, as cores da fonte em nada combinam, e toda vez que olho para essa capa sinto-me enojada.

Ademais, no desenho, a personagem ficou com olhos azuis, sendo que os olhos de Nihal são puramente violetas. Creio que não custaria muito desenhá-la da forma correta e com uma vestimenta mais apropriada, não?!

A Garota da Terra do Vento não é nem de longe uma fantasia revolucionária, porém, soube pegar os clichês certos e trabalhá-lhos bem. Lerei a trilogia completa? Talvez sim, afinal, o livro termina em aberto e eu muito gostaria de saber como ficará a relação de Senar e Nihal, pois ao longo da história nos vemos eles discutirem, se alfinetarem, e ainda assim, apoiarem o sonho um do outro.

Isso é tudo. Espero que tenham gostado da resenha.

P:s: depois de dias fascinada com a história da semielfo guerreira, e ao mesmo tempo, tencionando em melhorar meus desenhos, fiz um desenho de como imagino a Nihal.




See ya.


Comentários

  1. Anônimo08:57

    Ela ira perdoar porque gosta dele. Esses dois são bem enrolados, mas deixa ir seguindo a historia. Imagino que vão acontecer varias coisas ainda.

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    1. Também acho. Ambos são um casal bem confuso. Nossa semielfo e nosso mago.
      Eles brigam, se mordem, mas, dá tudo certo♥
      Não deixe de acompanhar o blog!

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  2. Incrível como a sua fanart é bem melhor do que a capa do livro.
    Pensa em fazer de corpo inteiro??

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    1. Então, eu até ia fazer, mas perdi os PSD's que estavam com as cores salvas, e fazer tudo do zero é tão frustrante. Talvez em um outro dia.

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  3. Tô morrendo de inveja da sua arte !
    Aff, a séculos que eu não desenho !
    Adorei menina !
    Beijos ...

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    1. Ainda tenho muito a aprender. Obrigada por ler a resenha.

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  4. Oh Aleluia! Finalmente resenha!!! Agradeço de coração flor! ♥ Sua resenha me fez querer esse livro, agora consigo enxergá-lo com outros outros.

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  5. Esse livro deve ser mega divertido para as meninas. Ainda não li. Tava precisando de uma recomendação urgente. Adorei seu desenho. Achei muito fofo.

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    1. Fico feliz em ter ajudado. Beijos, Bárbara.

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  6. Você escreve tão bem. Gostei muito da resenha. Nunca tinha ouvido falar da autora e descobri que ela é italiana.

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    1. Sim, Alissa, ela é muito famosa na Itália e escreve Fição Fantástica destinada mais ao público juvenil.

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  7. Scr tentei ler esse livro e não gostei kkkk
    Btw desenho lindo

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  8. Adicionar no meu skoob para ler.

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