❝As Crônicas de Nárnia❞ é realmente um livro/filme cristão?

🦁🚪

Alguns anos escrevi uma postagem sobre As Crônicas de Nárnia. E foi um artigo infeliz. Acompanhe agora um artigo completamente revisado, reformulado, reescrito e com alguns extras.

Há 70 anos, nos era apresentado um mundo diferente do nosso, visto pelos olhos de uma garotinha curiosa, que acessava-o a partir de um guarda-roupa mágico.

E assim, inicio o artigo.

 

 Como prometido, um artigo sobre as Crônicas de Nárnia. Demorei meses e mais meses para tentar reescrevê-lo, e assim, apagar metade das incoerências que escrevi anos atrás.

Caramba, passaram-se sete anos desde o meu equívoco.

 Muito provável que poucos encontrem esse artigo devido a todas as mudanças ocorridas no blog, porém, estou fazendo a minha parte.

Vou logo de antemão enterrar esta fatídica dúvida que todos os cristãos tem acerca desta obra. 

Podem respirar sossegados pois As Crônicas de Nárnia, é sim, um livro inspirado nos preceitos cristãos, e digo mais: baseado na jornada bíblica.

Quem nunca leu aquela passagem em que Aslam sacrifica sua vida, para que a vida de Edmundo fosse poupada, e pegou-se pensando no sacrifício de Jesus na cruz? Pois bem, meus amigos, está tudo interligado.

Acredito que a maior dúvida de quem nunca leu As Crônicas de Nárnia, e guiaram-se pelos filmes da Disney (que cá entre nós, distorceu grande parte do ensinamento original do livro) seja das tais figuras mitológicas presentes nele, vindas de variadas culturas. 

Vemos sátiros, fadas, ninfas, centauros, etc.

Já vou logo lhes dizendo que isto não tem nada a ver, é um preconceito tolo, as criaturas que lá existem não diminuem a concepção da série de livros como um todo. Na verdade, até emerge o leitor aprofundando-o na magia e fantasia, deixando-o afeiçoado à história. 

Porém, logo sou cobrada por mais um cristão moralista que me diz: "mas estas criaturas são seres monstruosos e pagãs, e não vou deixar meus filhos lerem isso". Okay, mas devo logo contestar que esse é um pensamento um tanto... idiota. Acaso já leu a respeito dos seres viventes descritos no Livro do Apocalipse? As criaturas de Nárnia são fichinha comparado a eles.

Droga, perdi o fio da meada. Como eu outrora disse, sou a rainha da enrolação.

Continuando.

Muitos atentaram-se apenas a descrição das tais criaturas e esqueceram de ver a mensagem profunda que haviam nos livros. A mensagem da cruz, principalmente. Cada livro tem a missão em carregar uma história da Bíblia postas de forma subliminar.

O Sobrinho do Mago retrata o Gênesis, com a criação de Nárnia sendo contemplada por Polly e Digory, assim como A Última Batalha, como o próprio nome já diz, é puramente o Livro do Apocalipse. Aqueles que creram em Nárnia, viverão ao lado de Aslam, enquanto aqueles que esfriaram em sua crença, não tiveram a mesma sorte. Muitos do que antes eram aliados, acabam sendo deixados para trás. Sei que parece sombrio retratar isso em um livro infantil, mas acredite, é mais belo do que parece.

Outras, na falta de argumentação em admitir a mensagem cristã que As Crônicas de Nárnia passa, opta por apontar o fato de que C. S. Lewis fora ateu durante boa parte de sua vida. Acontece, que ele converteu-se ao cristianismo graças ao seu amigo, J. R. R. Tolkien (que foi incentivado por C. S. Lewis a escrever a saga do Senhor dos Anéis). Se ele conseguiu mudar e voltar-se ao Salvador e aceitá-lo de todo o coração, por que muitos do que se dizem crentes não afirmam esta ideia? Por que ainda recusam e espalham falácias? É como se não aceitasse C. S. Lewis como se fossem um dos seus. 

Oh, e este homem passou por tantas injustiças em sua época. Foi criticado de diversas maneiras, de injustas maneiras, mas ainda assim, não desistiu das Crônicas de Nárnia, pois estava empenhado em repassar a sua mensagem.

As Crônicas de Nárnia ensinaram-me a ser uma pessoa melhor. Não minto quando digo isto. É muito raro eu encantar-me tanto com um livro, quem dirá com uma saga, e conforme eu lia, mais e mais ficava apegada aos personagens e mais admirava-se com a figura de Aslam. Que ser paciente e unânime era Ele. 

Os personagens aprendem com seus erros, e tornam-se pessoas melhores, como o Eustáquio, que era uma criança insuportável, e quando tem a sua chance de viver a sua própria aventura, se torna um bom amigo, ajudando uma garota chamada Jill. Ou Lúcia, que todos os leitores julgam como uma personagem perfeita, contudo, a mocinha sente uma pequena pontada de inveja de sua irmã, Susana. É o livro ressaltando que somos humanos e falhos, mas nem por isso, devemos deixar nossos defeitos sobreporem nossas qualidades, ou até mesmo, nossa fé.

Recomendo um artigo super explicativo, sobre cada um dos livros das Crônicas de Nárnia.

Queria estender-me mais, porém, acredito que outros blogs e sites tenham feito um trabalho mais espetacular e decente que o meu, vendo todos os pontos da série de livros e exaltando-os da forma como deve ser. 

Qual é o seu livro favorito? O meu é a Cadeira de Prata, pois foi que mais falou comigo e o que mais li com empenho.

Não esqueça de comentar pois adoraria saber a sua opinião. 

See ya.